quarta-feira, 5 de outubro de 2011

REFLEXÃO

Pensar é transgredir.  Esse é o título do livro de Lya Luft. E é através deles que faço essas reflexões sobre a  greve dos professores de MG

Pensar é transgredir
Três  palavras, um  enorme ensinamento.
Pensar é transgredir.  É não aceitar  injustiças.  É não baixar a cabeça para os abusos.
Pensar é correr riscos.
Seria  muito mais cômodo colocar a cabeça no travesseiro e adotar o lema reconfortante: “Parar para pensar, nem pensar!”. Mas, nós, seres humanos, somos, por natureza, audaciosos. Gostamos de transgredir a ordem natural das coisas. Só assim superamos obstáculos. Só assim, respiramos aliviados. Afinal, se nos escondermos num canto escuro dos nossos questionamentos, não escutaremos  o murmúrio da brisa, o rumor do vento.o som do dever cumprido. “É melhor se arrepender por ter tentado, do que se arrepender de não ter feito nada”. Aí será tarde.
O mundo em si não tem sentido se não  lhe atribuirmos identidade. Nossas pensamentos  nos impulsionam às ações . Nossas ações moldam o nosso mundo.
” O Brasil que agente quer é o que a gente faz” Esse é o tema do IV concurso de redação do Senado Federal, para os alunos de 2º e 3º anos do Ensino Médio. Que tem por objetivo geral a reflexão sobre o processo democrático e o exercício da cidadania.  O que se espera com esse projeto é que os nossos jovens reflitam sobre o papel decisivo que cada um de nós, que cada brasileiro tem sobre o destino da Nação.
Como poderei ensinar meus alunos a serem críticos e participativos na sociedade, se eu não dou exemplo? Como vou ensiná-los a lutar pelos seus direitos, se cruzo os braços enquanto o governo, sem nenhum escrúpulo e de forma autoritária, está tirando os meus direitos?
Eu vou à luta. Estou em greve. Estou lutando por meus direitos. Estou, na prática, construindo conhecimento. A verdadeira aprendizagem acorre dentro do “eu”. Aprender não é simplesmente decorar regras. Aprender é conhecer, analisar, aplicar, julgar. Ensinar e aprender caminham juntos. Só poderemos ensinar se tivermos prazer naquilo que ensinamos. Esse prazer abarca a questão salarial. Precisamos ter um salário digno. Essa é a luta dos professores mineiros. Salário digno.
 É para que se faça justiça, que convido toda a comunidade a cooperar, pois uma sociedade só cresce com a participação , cooperação e colaboração do grupo. Sem uns cooperando com os outros estaríamos ainda na idade da pedra.
Peço a todos vocês que leiam,  informem-se, pois como diz Paulo Francis, escritor e jornalista: “quem não lê não pensa, e quem  não pensa será para sempre servo”.
 Professora: Inácia de Araújo Barbosa- Barbacena- MG

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